#0010 Os Segredos da Mina de sal de Hallstatt de 7 mil anos

Já parou para pensar que nós somos os seres humanos mais velhos da história da humanidade na Terra? E que sim, nós somos mais sábios, e temos muito mais conhecimento que nossos ancestrais.

Um exemplo perfeito disso é a mala de rodinhas. Já existia a mala, e as rodinhas. Mas as pessoas caminhavam pelos aeroportos e rodoviárias carregando suas malas. Bernard D. Sadow em 1970, ao observar um funcionário de aeroporto usando um carrinho, teve a ideia de adicionar rodas a mala. Hoje você colhe os benefícios, mas mais que isso, se as rodinhas nas malas desaparececem você conseguiria reconstruir. É como se você tivesse desbloqueado a sua visão.

Para resolver um problema se gasta muita energia, e o resolutor fica anos e anos. Mas depois que aquele conhecimento é resolvido, fica fácil, qualquer ser mediano consegue aprender e entender todos os detalhes. Hoje você não precisa ser um gênio para entender a teoria da relatividade de Einstein, é inclusive conteúdo do Ensino Médio.

Por isso nós somos os seres mais velhos da Terra. Quando cheguei a essa mina de sal da Áustria em Hallstatt, uma das cidades mais bonitas que já visitei, me espantei com o título: “A mina de sal mais antiga do mundo em atividade”.

Você se sente especial, afinal, está visitando algo que é o mais, de alguma coisa. Legal.

Lá dentro você faz um passeio incrível, entra dentro da mina, conhece a formação da pedra, que data de mais de 240 milhões de anos. Você vê passar diante de seus olhos as histórias.

Então, quando nós entramos em contato com uma história tão antiga, nós, de alguma forma, estamos aprendendo com eles, mas não apenas com eles, com todos que viveram e chegaram até nós.

E a cada trabalho de um arqueólogo, historiador, geógrafo, que decifram o nosso passado, e nos ajudam a dar sentido à nossa própria existência, nós nos tornamos mais velhos e mais sábios.

Cada nova descoberta científica nos possibilita um conhecimento maior que a geração anterior. Os nossos ancestrais de 1500 não tinham conhecimento que lá existia uma mina de 7 mil anos, pois ela foi perdida e encontrada.

Eu sei que você vai dizer que estamos mais burros, que por mais que produzamos mais informação a cada segundo, nós não estamos vivendo-as, não estamos absorvendo, não estamos aplicando.

E sei que isso tem uma parte de verdade. Mas é isso, apenas parte da verdade. Uma outra parte absorve, aprende, e se torna mais. Se não fosse assim, a tecnologia desenvolvida para que você lesse esse texto não existiria.

A própria palavra é uma tecnologia.

E cada geração humana absorve e supera as gerações anteriores. E para isso acontecer não é preciso que todos os seres humanos da nova geração superem a anterior. Não.

Basta que alguns façam isso.

A nossa vida é uma oportunidade única de conseguirmos acessar e contribuir com o desenvolvimento do conhecimento humano. E para isso não precisamos ser gênios. Precisamos aplicar e viver de escolhendo a nossa vida.

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