#0027 Como aceitar a finitude de nossa vida pequena

Você já se sentiu perdido e fazendo tudo o que pinta pela frente, sem nem conseguir parar por cinco segundos e se perguntar: eu quero isso? Como se a dor de perder qualquer oportunidade fosse o monstro do lago Ness? Neste texto abordarei como a restrição pode ser uma verdade libertadora.

O maior presente que os estudos me deram foi a liberdade, e não a liberdade que nós conhecemos pelo mito contemporâneo de liberdade.

A liberdade que sinto que pude gozar está relacionada à luz em poder conseguir ter elementos que me fazem poder escolher com convicção aquilo que acredito ser o melhor para a minha própria existência.

É óbvio que poderei errar no caminho, mas todos os erros não me causam mais dor, culpa, ou arrependimento. Cada decisão foi calculada com base naquilo que meus sentidos poderiam me entregar acerca daquilo que sou eu.

Além das escolhas, o conhecimento me deu esperança. É como se eu pudesse experimentar o apocalipse que cada geração, cada povo antes de mim, sofreu. E pude ver que o fim do mundo sempre estará próximo, e cada nova geração estará ainda mais próxima do fim de tudo. Mas o maior fim é simplesmente o nosso próprio fim. E não escapatório do nosso próprio fim.

O que nos resta então?

É como se cada cultura construísse a sua própria memória do fim que está próximo. Cada geração escolhe o seu próprio inferno. Isso também me libertou no sentido de que sei que todos os medos, angústias, e tantas outras emoções que experimentei durante minha breve existência, não foram inventadas por mim.

E assim aprendi que nós não somos tão exclusivos como nós gostaríamos de ser. Saber que não sou a última coca-cola do deserto também me libertou.

Sabe aquela ferida no seu peito? Aquele amor que não foi correspondido? Aquele dinheiro que você perdeu no tigrinho? Isso foi sofrido, literalmente, por milhões de pessoas.

Quando analisamos que somos apenas mais um, é horrível em certa medida, eu sei, é. Mas também é libertador. Ninguém vai sentir a nossa falta, você pode contar no máximo de pessoas, os dedos de sua mão. Será que vale a pena você continuar levando a vida da maneira como você tem levado?

Estudar todos os dias me permite olhar além dos sentidos imediatos. Me permite sentir e poder imaginar o que é viver. Mas não é como se eu pudesse viver de fato todos os momentos da minha vida. Com tantas distrações existentes, como as redes sociais. Só me resta ser vivo por breves momentos. Que tal pararmos de nos distrair e viver? Se faz sentido, considere se inscrever no canal.

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