A infinitude de viajar

Nós nunca conheceremos toda a Terra; é que viajar para mim é conhecer. Ver tudo aquilo que não conheço, me deparar com a minha ignorância, e sair da zona de conforto. Viajar nem sempre é doce.

Um sonho muito vendido no nosso século é o de viajar, conhecer o mundo, carimbar os passaportes, ser turista.

A Europa recebe por ano cerca de 60% dos viajantes do mundo, estima-se que cerca de 100% de pessoas viajam para o velho continente.

Qual o roteiro? Nós vamos aos pontos turísticos, assistimos vídeos, às vezes, queremos nos sentir diferentes, receber uma glória?

Quem dera que fôssemos especiais ao ponto de conseguir criar um conceito de viajar diferente. Não conseguimos, é como se tudo já tivesse sido feito e pensado.

E ainda corremos o risco de cair nas armadilhas do mercado. Transformar o que poderia ser uma experiência única em um check-list sem vida.

Para fugir do óbvio precisamos aceitar algo inerente a nossa natureza. A limitação de nossos sentidos e de nossa própria vida.

Nascemos para morrer.

E quando aceitamos que somos finitos, que o que é especial é aquilo que nós podemos apreciar, é como se o check-list sem vida, se tornasse colorido.

Se faz sentido para você curta.


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