Nós nascemos para morrer

Se nós vamos morrer, qual o sentido de… algo me diz que todos nós passamos por esses questionamentos, seja recorrente ou não.

Como antídoto esquecemos disso na maior parte do tempo. Levando a vida como se fôssemos eternos imortais (o pleonasmo é proposital).

Se você jogar tal questionamento numa inteligência artificial, ela fará um resumo desse que é um dos maiores questionamentos da humanidade. E como modificamos a resposta para tal durante a nossa própria história.

Durante a minha formação como um ser humano pensante, levei o sentido da minha existência se confundindo com as palavras. Sentia-me como se a vida dependesse da escrita ou que a vida era para a escrita.

E nós não vivemos sozinhos. Nós estamos repletos de influência, e ser escritor é uma profissão, é algo que já existe no mundo. Não veio do nada.

Como consequência, vieram os sonhos: reconhecimento, dinheiro, status, fama e glória.

E por mais que eu soubesse que essa realidade não seria de 99,99% das pessoas, eu esperava.

Eu esperava quando fazia um texto. Quando fazia um vídeo. Quando tentava algo diferente, e por mais que racionalmente eu dissesse o contrário, no coração eu sentia o desejo ardente.

O resultado: frustração.

E em minha defesa essa espera é justa. Escrever demanda uma parte da minha alma e vida, além de tempo, então era normal esperar, ao menos, algum reconhecimento.

Mas a realidade não nos bate, ela nos espanca e humilha. O que eu precisava fazer para ter algum reconhecimento era impossível para mim. Principalmente que escrever não é a ocupação que traz o arroz e o feijão para o meu prato.

Então eu vivia o ciclo: começo, me animo, posto, me esgoto, saio, volto, digo que será diferente, começo, me animo, posto, me esgoto e saio.

Para quem está do outro lado tentando produzir conteúdo, os números são implacáveis, eles querem tudo de você; se você sai um pouquinho dos trilhos, fica esquecido (não que eu em algum momento cheguei ao ápice, nem isso eu consegui e tudo bem.). Dessa vez quero fazer diferente, estou novamente construindo o meu lugar na internet, o meu blog.

Por que blog? As redes sociais são descartáveis. Elas são o plástico da nossa mente. E eu sinto falta das pessoas. Sei que meu texto chega aos corações, acalenta, e hoje, para mim, isso já é mais que suficiente, é muito melhor que uma glória.

O sentido para mim não é escrever. É viver. É me relacionar. É amar. É contribuir.

E eu sei que as pessoas estão ansiosas para receber isso. Mas dessa vez não temos promessa de frequência, de quantidade, de qualquer coisa. Mas estarei aqui. Não mais pela glória, ou ilusão da glória. Escrever hoje se tornou mais importante que a glória. E de alguma forma, não escrevo para mim, mas para você.

Se você leu você precisa curtir e comentar: eu li.


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